Trata-se de tema bastante atual, cuja discussão deve ser amplificada às mais variadas áreas de atuação – professores, psicólogos, médicos, fonoaudiólogos, psicopedagogos – além dos familiares envolvidos, visando o esclarecimento crítico que contribua com a luta por uma educação de qualidade e socialmente referenciada para todos.
No bojo do processo de medicalização da educação, destaca-se o crescimento vertiginoso de diagnósticos e tratamentos de dois supostos “distúrbios neurológicos” que afetariam exclusivamente a aprendizagem e comportamento: a Dislexia e o Transtorno por Déficit de Atenção com ou sem Hiperatividade. Embora muito em voga atualmente, tais “distúrbios” são absolutamente polêmicos no campo da própria medicina, tendo em vista que sua etiologia não foi conhecida definitivamente, sendo apontada por profissionais de diversas áreas como um processo que desresponsabiliza questões políticas, históricas e sociais, transformando as dificuldades de escolarização (problema que atinge uma massa populacional considerável no Brasil) em doenças individuais. Assim, as intervenções acontecem sobre os indivíduos, e a escola oferecida continua sendo a mesma, produzindo um círculo vicioso de mais diagnósticos e estagnação das condições concretas que os geram.
Considerando a complexidade em torno do tema, entendemos que o mesmo demanda uma discussão rigorosa, com enfoque interdisciplinar. Por esse motivo, este evento está trazendo para a Bahia diversas vozes de referência na discussão crítica do tema, tanto em âmbito nacional como internacional.
Confira detalhes e inscrições em http://www.educacaomedicalizada.ufba.br/ .
Confira detalhes e inscrições em http://www.educacaomedicalizada.ufba.br/ .
Nenhum comentário:
Postar um comentário