O VAZIO QUE JESUS DEIXOU

O teólogo e Pr. Idenilton Barbosa publicou em seu Facebook essa importante mensagem sobre a Páscoa e a ressurreição de Cristo. Confira e reflita!

É comum, quando perdemos uma pessoa querida, sentirmos a sua ausência. Observamos com melancolia as coisas de que ela gostava, relembramos com saudade as coisas que ela dizia e sentimos o vazio que ficou com sua morte. Quando Jesus morreu, foram esses os sentimentos que dominaram os corações dos discípulos que, até então, alimentaram a expectativa de Jesus exercer um domínio político, em que eles teriam um lugar de destaque.

Ainda hoje, ao refletirem sobre a morte de Jesus, muitas pessoas se emocionam com a dor que ele sofreu e apenas o enxergam como um incompreendido, como tantos outros personagens históricos. Sentem profunda tristeza pelo vazio deixado por um homem bom, sem perceberem que, no Calvário, o Filho de Deus dava sua vida por nós, oferecendo-nos o único meio de salvação dos nossos pecados.

Mas, de fato, os Evangelhos nos mostram que Jesus deixou um vazio, sim. Quando, depois da morte do Salvador, as mulheres foram ao sepulcro, encontraram um anjo sentado sobre a pedra que fora removida da sepultura que, sabendo que buscavam a Jesus, disse-lhes: “Não está aqui, porque ressurgiu, como ele disse. Vinde, vede o lugar onde jazia” (Mt 28.6).

O único vazio que Jesus deixou foi o túmulo! Ele encheu sua própria vida de pecado, dos nossos pecados, ao entregar-se por nós (Is 53.6; II Co 5.21; Gl 3.13). Ele encheu a via dolorosa e aquela terrível cruz com seu próprio sangue para nos salvar da condenação que pesava sobre nós (Rm 5.8-9; I Jo 1.7). Mas esvaziou a sepultura com a sua vitoriosa ressurreição! Deixou a morte sem conteúdo para encher a nossa vida de esperança e significado, na certeza da nova vida com Cristo aqui e na eternidade.

Jesus ressuscitou e deixou um vazio no túmulo para dar substância à nossa fé, de modo que a nossa prática de vida não seja reduzida ao mero cerimonialismo sem sentido. Jesus desocupou o sepulcro para ocupar o governo da nossa vida, a fim de não vivermos mais para nós mesmos, mas para aquele que por nós morreu e ressuscitou (Rm 14.7-9). Cristo venceu a morte, esvaziando a sepultura, para que vençamos todos os obstáculos a uma vida de dedicação sincera e amorosa a ele, no exercício do discipulado e serviço cristãos.

“Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor” (I Co 15.58).

FELIZ PÁSCOA!