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quarta-feira, 30 de julho de 2014

Prefeitura na Bahia abre concurso com 500 vagas e salários de até R$ 10 mil

As oportunidades são para profissionais de níveis fundamental, médio/ magistério/ técnico ou superior.

A prefeitura de Xique-Xique divulgou o edital do seu concurso público com um total de 501 vagas. As oportunidades são para profissionais de níveis fundamental, médio/ magistério/ técnico ou superior. Os salários variam entre R$ 724,00 e R$ 10.000,00, de acordo com a jornada de trabalho , que pode ser de 20h, 30h ou 40 horas semanais.

Por meio do CP 01/2014, 273 oportunidades serão preenchidas nas funções de Auxiliar Operacional, Técnico em Agropecuária, Advogado, e Fisioterapeuta, dentre outras. Já o PS 01/2014, são 228 vagas para os cargos de Motorista, Odontólogo, Psicólogo e entre outros.
Os interessados podem se inscrever a partir da segunda-feira (4), até o dia 22 de agosto, através do site da organizadora, www.seprod.com.br. As taxas variam de R$ 40,00 e R$ 80,00, de acordo com o cargo desejado. Os inscritos serão submetidos às Provas Objetiva, Prática e de Títulos, conforme o método de avaliação adotado em cada cargo ou certame.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

VALORIZE A SUA IGREJA[1]


A igreja é um lugar de pessoas imperfeitas, que resulta do fato de estarmos nela.
Este lugar imperfeito é, no entanto, o único espaço em que todos são bem-vindos. São bem-vindas as crianças. São bem-vindos os adolescentes. São bem-vindos os jovens. São bem-vindas os maiores de idade. São bem-vindos os idosos. São bem-vindos os saudáveis e os doentes.
São bem-vindos os pobres, os "remediados" e os ricos; os generosos e os sovinas; os cônjuges fiéis e os cônjuges infiéis. São bem-vindas as mulheres. São bem-vindos os homens. Que organização é assim?
Para entrar numa igreja, não precisa atestado de bons antecedentes e de ninguém se exige curriculum vitae. Não se faz pesquisa sobre a idoneidade do interessado, nem carta de apresentação. O único requisito para participar é o desejo de pertencer. Que organização é assim?
A porta de entrada de uma igreja tem a mesma largura da porta de saída. Alguns vêm e têm satisfeitas as suas necessidades e vão. Se foram curados, foram curados pela comunidade. Como não entenderam, partiram. Outros vêm, não gostam e vão. Quem está espera que voltem.
Outros vêm e ficam; não só ficam, como se envolvem e fazem a igreja crescer. O verdadeiro crescimento da igreja está na realização de sua missão que se desdobra em torno do essencial: oferecer a graça de Jesus Cristo a todos, aos de dentro e aos de fora, aos de perto e aos de longe, aos conhecidos e aos desconhecidos. Ela pode, por exemplo, enviar uma oferta para construir uma igreja ou uma escola ou hospital para pessoas distantes cujos rostos nunca verá e cujo nome nunca saberá. Que organização é assim?
Entre os que estão na igreja, uns a valorizam e outros a depreciam. Uns vêm sempre, outros irregularmente. Uns são dizimistas e outros nunca ou raramente contribuem; valorizam tanto o dinheiro, que ainda não sabem qual a razão da existência dele. Uns se empenham, participando com dedicação, e outros se parecem com consumidores numa loja de departamentos: pegam o que querem (um sermão, uma aula, um abraço, uma música, um cuidado), com a diferença que nada pagam. E essas pessoas, com atitudes tão dispares, se sentam uma do lado da outra. Não são classificadas ou desclassificadas por isto, porque estas atitudes ficam no foro da intimidade. Que organização é assim?
A igreja tem tudo para não dar certo, mas dá.
E dá porque é uma providência de Deus, que a dirige, assiste, conduz e supre. 
Se a igreja segue para direção errada, Deus a corrige.
Se a igreja desanima, Deus a fortalece.
Se a igreja perde o rumo, Deus a reorienta.
Se a igreja tem necessidades, Deus as supre.
O insucesso da igreja se deve a sua desobediência.
O sucesso da igreja se deve a sua obediência.

Desejo-lhe um BOM DIA e uma boa revisão de seus conceitos e de suas “justificativas” para não colaborar com sua igreja como deveria. Antes de tudo, VALORIZE-A!



[1] Adaptado de Israel Belo de Azevedo, texto publicado em Prazer da Palavra como “VALORIZE (1 e 2)” em 16 e 17/07/2014. Disponível em http://prazerdapalavra.com.br/reflexoes/bom-dia/13928-bom-dia-valorize-1

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Aniversário e Dia Nacional do Homem: AFAGOS, ASPEREZAS E INDIFERENÇAS

 Irenilson Barbosa

Ontem (15/07) foi o meu aniversário e, naturalmente, o Dia Nacional do Homem. Agradeço carinhosamente às manifestações de todos em felicitações pela minha data natalícia. Sou grato a Deus pelos familiares, amigos e pessoas muito queridas que sempre me agraciam com seus afagos - alguns até imerecidos, mas sempre prazerosos. Apesar disso, quero refletir um pouco, neste texto, sobre o Dia do Homem (que agora você já sabe que é efetivamente o meu dia).
O Dia Internacional do Homem é celebrado no mundo em 19 de Novembro. As comemorações foram iniciadas em 1999 pelo Dr. Jerome Teelucksingh em Trinidad e Tobago, apoiadas pela Organização das Nações Unidas (ONU), e vários grupos de defesa dos direitos masculinos da América do Norte, Europa, África e Ásia. Mas os homens são tão especiais que, aqui no Brasil, eles ganharam mais uma data só para eles. Assim, o Dia Nacional do Homem também é comemorado em 15 de Julho.
A diretora da Secretaria de Mulheres e Cultura de Paz da UNESCO, Ingeborg Breines, teria declarado que a criação da data é "uma excelente ideia para equilibrar os gêneros". Destaca-se que os objetivos principais do Dia Internacional do Homem são: melhorar a saúde dos homens (especialmente dos mais jovens), melhorar a relação e promover a igualdade entre homem e mulher, e destacar papéis positivos de homens. A expectativa é que seja uma ocasião em que homens e mulheres podem e devem se reunir para combater o sexismo e, ao mesmo tempo, celebrar suas conquistas e contribuições na comunidade, nas famílias e no casamento, e na criação dos filhos. Tenho certeza que há alguma nobreza e pertinência nesses objetivos. Naturalmente, o fato de haver pouca pressão midiática do comércio (ainda) em torno dessa data é um dos fatores determinantes do quase esquecimento por parte de quase todos. Mas o dia dos pais é lembrado pelo comércio, e ainda assim apresenta idiossincrasias semelhantes.
Algo, entretanto, parece destoar completamente na prática de mulheres e homens, em relação a este dia no Brasil. Chamou-me à atenção numa rede social, na qual tenho participação regular, a aspereza de algumas mulheres e a quase absoluta indiferença da maioria para com a data que homenageia aos homens. 
Na verdade, eu só vi quatro postagens que se referiam à data. Uma dizia: Feliz dia internacional do homem a todos os homens que sabem se comportar como um, os outros podem esperar o 12 de outubro.”(dia da criança). A segunda, na mesma linha, informava: “Hoje é o dia do homem, mas a maioria terá que esperar até o dia do cachorro para comemorar...” (acho que é 04/10, mas pode ser qualquer data, ainda mais agora que está na moda declarar amor pelos animais e cada vez mais ódio e intolerância pelos semelhantes). A terceira postagem dizia: “O homem é tão importante que hoje é o seu dia e ninguém lembrou!”. Depois dessa pérola, a última frase lida declarava: “Feliz Dia do homem rapaziada, já que ninguém lembrou por nós...” (sic). De todas, apenas a última foi postada por um homem. Os comentários femininos em coros enormes de “kkk” foram dignos de nota (e de reflexão) nas três primeiras, como é de praxe... Sem comentar, fiquei pensando no outro lado dessa moeda.
Sou um fã incondicional das mulheres, desde a incomparável lindeza à inteligência e formas peculiares de ver o mundo. Admito até ser um tanto pegajoso nos muitos elogios que faço (gosto mesmo delas e vivo a elogiá-las, a começar das mais próximas!). Nada obstante, ainda que despretensioso quanto à eficácia deste texto na consecução dos resultados desejados, sinto-me impelido à discussão, pois acho que elas precisam rever essas práticas (tanto quanto os homens precisam rever as suas) e algumas reflexões se impõem não só para valorização de um dia, visto que a vida se dá para muito além disso, mas buscando problematizar alguns aspectos que precisam ser discutidos para a promoção de uma conduta respeitosa nas relações entre homens e mulheres. 
Portanto, sem querer ser o pai das respostas possíveis ou monopolizá-las, tento provocar aos leitores e leitoras com algumas perguntas que julgo pertinentes:
1.   O que faz com que as mulheres sejam tão indiferentes a uma data que homenageia os homens ao mesmo tempo em que se sentem tão ofendidas quando os homens esquecem ou deixam de homenageá-las em suas datas especiais?
2.   Por que nas datas especiais referentes aos homens a ênfase é em ensinar aos homens o que devem fazer em vez de destacar os papéis importantes que eles já desempenham? (confira as mensagens e “homenagens” habituais nos dias dos pais, dos namorados, etc. em toda a parte)
3.   A que se atribui a constante queixa das mulheres sobre indelicadezas, infidelidades, desatenção e outras “virtudes” atribuídas aos homens (algumas reais), se elas se comportam assim e até comparam homens com cachorros ou crianças de forma pejorativa no seu dia de homenagens ou sempre que podem?
4.   O que leva as mulheres a acharem que os homens são os únicos vilões dos relacionamentos, da paternidade irresponsável, das traições e das asperezas no trato, quando eles fazem isso sempre juntos, sem pudores e apregoam suas liberdades para além de todos os limites das suas responsabilidades?
5.   O que faz com que essas lindas criaturas avaliem que os homens são seres involuídos ou verdadeiros ogros se elas cultivam esse tipo de ódio (nem sempre silencioso) pelos homens aos quais dizem amar?
6.   Que tipo de imagem masculina elas e eles esperam projetar nos filhos, nas filhas e nos educandos em geral sobre o valor da figura masculina para os relacionamentos e a vida em sociedade.
7.   Que mundo é esse em que vivemos em que as mulheres (algumas vítimas do machismo, de fato) acham normal menosprezar os homens como forma de afirmação de suas identidades e de seu lugar social e acham plenamente aceitável ou engraçado que isso aconteça?
8.   Será que não passa pela cabeça de alguém que tais posturas revelam adoecimentos das relações, por responsabilidade de ambos, e que culpar o outro pelos insucessos, frustrações e resentimentos é apenas o caminho mais fácil, mas também o mais irresponsável?
9.   Será que as mulheres pensam que o fato dos homens que também vivem em pé de guerra com elas, não destacarem seus defeitos nas datas que as homenageiam significa que eles não tem mais queixas? Ou cogitaram que abdicar da crítica para elogiá-las equivale a uma enorme renúncia em delicadeza, com a qual se pode aprender algo sem enveredarmos pelos fingimentos ou migrarmos para as desqualificações?

Eu poderia fechar essa série de questões em 10 (dez), mas isso pode sugerir um rol fechado, e tenho muito mais que 10 perguntas pululando na cachola. Imagino que você também tenha, mas esta seria uma postagem interminável se nós as elencássemos todas. Ainda mais em se tratando de um tema conhecido mas, ainda assim, tão negligenciado. Contudo, espero que suas respostas nos tragam alguma reflexão madura sobre o assunto, pois acho que já chegamos aos absurdos limites do sexismo entre nós e é bom lembrarmos que o sexismo não se refere apenas a preconceitos com a homossexualidade. Essa discussão tem um valor especial para mim, mas não pretendo polemizar com homens ou mulheres. Pretendo provocar outras formas de análise das diferenças entre homens e mulheres, principalmente considerando que Deus nos fez (homem e mulher) em complementaridade. Não fomos criados para essa disputa tola e descabida onde um tenta suplantar, violentar ou desqualificar cada vez mais a identidade e a reputação do outro. Precisamos de pessoas, famílias, instituições e grupos sociais que se respeitem e que saibam conviver na sociedade e com sua diversidade. Façamos a nossa parte. Abraço e Cheiro!