Total de visualizações de página

terça-feira, 29 de maio de 2012

Professores da Ufba decretam greve em assembleia e aderem ao movimento docente nacional


 Henrique Mendes

Raul Spinassé | Ag. ATARDE
Segundo a Apub, a aprovação da greve ainda passará por plebiscito, por questão regimental
Segundo a Apub, a aprovação da greve ainda passará por plebiscito, por questão regimental
Acompanhando o movimento organizado pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), os professores da Universidade Federal da Bahia (Ufba) decidiram decretar greve por tempo indeterminado, a partir desta quarta-feira, 30.
A decisão, que impacta cerca de 40 mil estudantes em todo o Estado (graduação e pós-graduação), foi decidida em assembleia realizada nesta terça-feira, às 16h, na Pavilhão de Aulas da Federação (PAF 1), localizado no campus de Ondina.
De acordo com a presidente Associação dos Professores Universitários da Bahia (Apub), Silvia Lúcia Ferreira, apenas por questão regimental, a aprovação da greve ainda passará por plebiscito, que deve ocorrer nas próximas 48 horas, como estabelece o regimento da categoria.
Entretanto, isso não impede que os professores já paralisem as atividades, ressalta. "Quem esteve aqui (na assembleia), já deve interromper as atividades amanhã (nesta quarta) e iniciar a mobilização nos campus, buscando apoio de outros professores e de estudantes", antecipa Silvia Lúcia.
A categoria adera à pauta nacional, que levou 45 universidades a interromper as atividades em todo o país, baseada na exigência de uma reestruturação da carreira docente e na melhoria das condições de trabalho.
Segundo a professora Celi Taffarel, da Faculdade de Educação (Faced), entre os assuntos discutidos pelos professores está o Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni). Conforme a docente, as universidades federais têm crescido em estrutura, mas esses avanços não são equivalentes quando o assunto é melhoria das condições de trabalho dos professores.
Além disso, a categoria afirma que no ano passado (2011), o governo fechou um acordo com os professores que previa a revisão do plano de carreiras para 2013, além de um aumento de 4% a partir de março e a incorporação de gratificações.
Em nota divulgada no Portal do Ministério da Educação, o reajuste de 4%, definido em acordo com as representações sindicais, foi cumprido por força da Medida Provisória nº 568, assinada pela presidenta da República, Dilma Rousseff, no dia 11 último, publicada no Diário Oficial da União no dia 14. Antes, portanto, da deflagração do movimento grevista, e com efeito retroativo a março.
Com relação ao plano de carreira, o MEC afirma que as negociações são desenvolvidas no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e devem ser implementadas no próximo ano.
Segundo a assessoria da Universidade Federal da Bahia, a reitora Dora Leal Rosa irá a Brasília, na manhã desta quarta-feira, 30, onde deve se reunir, na sede da Associação Nacional dos Dirigentes de Instituições Federais, com os reitores de todas as universidades federais para discutir soluções para a greve.
Adesões - A Ufba se junta a outras universidades que já paralisaram as atividades na Bahia. A primeira foi a Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), que iniciou a paralisação no dia 15 de maio.
Dois dias depois foi a vez de parte dos profesores da Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB), vinculados a Apur (Associação dos Professores Universitários do Recôncavo da Bahia). Agora, com a paralisação dos professores vinculados a Apub, a adesão deve ser integral.
Fonte: 

Nenhum comentário:

Postar um comentário