Irenilson de Jesus Barbosa
Os olhos de minha mãinha são olhos de
recomeço
Da mão que embalou meu berço, mas perdeu-se
de meu olhar;
Agora retomam lugar de quem pode
enxergar de novo
E contemplar o seu povo, a quem soube
amar sem mirar.
Os olhos de minha mãinha são olhos assim,
redivivos,
Humildes, porém altivos, de quem retorna
à luz,
Olhar delicado que induz à prece, sob o
incentivo,
De quem tem muitos motivos pra agradecer
a Jesus.
Os olhos de minha mãinha, são olhos
outrora perdidos
De brilhos esmaecidos, de um quase desesperar.
São olhos a alumiar, a casa, o quintal,
os queridos,
Um retomar do esquecido, um facho de luz
a brilhar!
Os olhos de minha mãinha, são um
despertar ante a treva
Com brilho de córnea primeva, de estrela
em novo brilhar;
O lindo desse olhar, não está só na luz
que ele eleva,
Mas no amor que conserva para além do
meu registrar.
Os olhos de minha mãinha, contemplem o
rosto da filha,
De outros de toda a família em pleno e
bom regozijar;
E que nesse novo brilhar, ateste toda a
maravilha
De ver e de ser em vigília, uma vida a
celebrar!
Os olhos de minha mãinha, são motivos de
alegria;
São letras de uma cantoria, que a boca
insiste em cantar,
À qual eu quis me ajuntar, pois amo as
benfeitorias,
Do sol a brilhar todo dia, de um Deus sempre
a abençoar!
[1] Uma homenagem e um agradecimento pela grande notícia de
uma aluna (Tammy Souza) dando conta de que sua mãe (“mãinha” no dizer dos
baianos) recuperou a visão após um transplante de córneas e agora pode ver o seu rosto depois de 15
anos!!! Muito lindo pra mim! Muitos cheiros pra ambas e muitos louvores a Deus
que, à minha fé, mostra-se mais uma vez generoso
para com todos aqueles que nEle esperam: “O SENHOR abre os olhos aos cegos, o SENHOR levanta os
abatidos, o SENHOR ama os justos.” (Salmo 146:8)
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