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quarta-feira, 7 de março de 2012

OS MEUS VERSOS SÃO PRA ELA

No Dia Internacional da Mulher, uma homenagem a todas essas criaturas lindas, que adornam a vida e fazem do lugar mais simples, o mais aprazível da terra, por sua delicadeza, cuidado, fidelidade e graça. Quando penso em homenageá-las, lembro de versos feitos pra minha esposa e nela homenageio a todas as demais. Afinal, desde que nascemos, amamos sempre uma mulher!

OS MEUS VERSOS SÃO PRA ELA
Irenilson de Jesus Barbosa

Os meus versos são pra ela, a dona dos meus sonhos,
Aconchego em que me enfronho, quando sinto o cansaço.
Ali me acho em seu laço, e a sorrir então me ponho;
Dispenso o olhar tristonho, desfrutando o bom regaço.

Os meus versos são pra ela, que conheci ainda infante,
E de quem sou sempre amante, desde quando me entendo.
Seu amor não dou nem vendo, nem empresto um só instante;
Mesmo quando estou distante, sinto falta e então me rendo!

Os meus versos são pra ela, que me doa o seu carinho,
É quase como um bom vinho, que com o tempo se melhora!
Seu sabor eu bebo agora, sorvendo o amor devagarinho,
Na delícia desse alinho, o néctar que me revigora.

Os meus versos são pra ela, com quem divido as fadigas;
Minha voz sempre bendiga, seu sorriso que me acalma.
Saudade que sinto n’alma, no peito, quando não liga,
É a lágrima que irriga certa dor, mesmo sem trauma.

Os meus versos são pra ela, pra quem são também os beijos,
O ápice do meu desejo, a sedução de amor que me importa;
No entrar e sair de sua porta, me alimenta o pão e o queijo,
E aproveito o seu ensejo, aconchego que me comporta.

Os meus versos são pra ela, companheira de aflições,
Do amor, das desilusões, do ser e estar com os humanos,
Se me faço um tanto insano, nos delírios e ebulições,
Usufruo das emoções, desses mais de vinte anos!

Os meus versos são pra ela que me entrega o seu corpo,
Me faz andar em seu horto, nos jardins e nas suas grutas.
No comer da sua fruta, compartilhando um anticorpo,
Dieta na qual não me poupo, desejo que me desfruta!

Os meus versos são pra ela, que me deu duas riquezas
Que se assentam à minha mesa, requerendo seus cuidados,
Com os filhos que há me dado, noto nela a singeleza,
E revogo as asperezas, me sentindo abençoado.

Os meus versos são pra ela que me inspira com sua fé,
Pois é mais que minha mulher, é meu ombro quando há choro.
Nas tormentas, nos desaforos, na fraqueza e medo até,
É ela quem me põe de pé, ajuda pra colher os louros!

Os meus versos são pra ela, a quem amo e trago flores,
Pinto com as melhores cores, pois noto merecimento,
Dona do meu alimento, dos beijos mais abrasadores,
Doce frio dos meus calores, frasco pio dos meus unguentos!

Os meus versos são pra ela com quem posso aqui viver,
E com quem quero morrer, adentrando a eternidade;
Nessa mesma intensidade, quero cuidar e manter.
Luz mais linda, bem querer, preferida entre as beldades.

Os meus versos são pra ela, num poema interminável,
Quase um veio imensurável, de amor que assim declamo;
É seu nome que eu chamo, e de modo terno e afável:
Deus te faça assim louvável, doce Lucy, a quem eu amo!

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