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sexta-feira, 29 de maio de 2015

IMPERIALISMO: O QUE ESTÁ POR TRÁS DA OFENSIVA DOS EUA CONTRA A FIFA?

Compartilhamos abaixo duas matérias reveladoras dos reais interesses  dos EUA na crise da FIFA. Na primeira, publicada no site UOL, John Shulman, professor de Harvard (foto), alerta sobre reais interesses dos EUA em escândalos financeiros que envolvem dirigentes da FIFA e outras entidades do futebol mundial, inclusive da CBF, destacando o conhecido intervencionismo internacional imperialista de seu país e as questões geopolíticas que envolvem a realização da Copas da Rússia e do Qatar como alvos norte-americanos. 
Na segunda matéria revela-se a movimentação interna e externa de políticos norte-americanos para tentar impedir a realização da Copa do Mundo da Rússia, conforme publicado no blog de Luiz Muller. Em carta, senadores estadunidenses chegam a pedir o cancelamento do mundial na Rússia, fazendo críticas ao governo de Vladimir Putin. Confira e entenda o imbróglio que parte da imprensa brasileira, em sua parcialidade já conhecida, finge não perceber e divulga como se fosse uma ação heróica e ética dos EUA contra a corrupção no mundo do futebol!


Professor de Harvard alerta sobre reais interesses dos EUA em crise na Fifa



"Eu estou chocado, você não está?", diz John Shulman ao atender a reportagem do UOL. Ele tem uma opinião diferente sobre o envolvimento dos Estados Unidos no escândalo da FIFA. Professor convidado da Fundação Dom Cabral, especialista em mediação de negociações, co-fundador do Centro para a Negociação e a Justiça dos EUA, e formado em direito pela Universidade de Harvard, ele acredita que a intervenção "não teve cunho legal, mas geopolítico".

"Com essa ação, os EUA enviam dois recados. Para o mundo, o de que o nosso sistema legal pode te pegar se você estiver fazendo algo errado. Internamente, mostramos que tomamos a iniciativa de resolver a corrupção dos outros", diz o professor.

E John entende tanto de geopolítica quanto de futebol. Seu currículo de mediador inclui diversos trabalhos ao redor do mundo, incluindo no Oriente Médio, na Índia e em Ruanda. Sobre o "soccer", uma curiosidade: o hoje professor já jogou profissionalmente na Índia, onde, segundo ele, foi o primeiro jogador ocidental por aquelas bandas.

"Os Estados Unidos nunca deram a menor bola para o futebol. De repente, pela primeira vez na história, o The New York Times vem com a primeira página inteira falando do assunto. Aí eu me pergunto: por quê?", questiona John. Para o professor, há vários pontos obscuros no envolvimento americano. "A logística de uma operação internacional deste porte simplesmente não vale a pena. Até porque não há um número de vítimas nos EUA que justifiquem tamanha mobilização", argumenta ele. "Há empresas nos EUA muito mais corruptas do que a FIFA, pode ter certeza", crava o especialista. 

"Para mim, trata-se claramente do seguinte: são os EUA mobilizando seu aparato legal interno em prol de questões geopolíticas. No caso, para colocar pressão na Rússia, com quem o país tem tido problemas recentemente, e no Qatar, onde também existem questões geopolíticas". 
John cita ainda a chance para os EUA desestruturarem uma organização que, corrupta ou não, tem tentáculos de poder que fogem ao seu alcance. "A ONU está presente em vários países, mas os EUA têm poder sobre ela. Isso não acontece com a FIFA, o que causa uma ruptura da hegemonia americana."

Quer dizer, se você está feliz que alguém finalmente tomou a iniciativa de enquadrar a FIFA, comemore com moderação. "É claro que a FIFA é corrupta. Todo mundo sabe disso. Mas os EUA não estão fazendo isso pelo bem do futebol", completa John.

Texto de Daniel Lisboa, disponível em: http://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas-noticias/2015/05/29/especialista-alerta-sobre-reais-interesses-dos-eua-em-operacao.htm


Maracutaia imperialista : EUA pedem cancelamento do Mundial na Rússia e o afastamento de Blatter

Era mesmo muito estranho o FBI e a CIA preocupados com corrupção no futebol, ainda mais sabendo-se que boa parte das empresas corruptoras são daquele país ou tem fortes relações com o império. Pois olha aqui o que de fato move a corja imperialista. Não tem nada a ver com corrupção. Tem a ver com Geo Política internacional. Se tem corrupção, tem que apurar, como tem dito e feito a Presidenta Dilma. Agora propor esta atrocidade intervencionista em outro país por causa do futebol é o supra sumo do imperialismo yanque. Os americanos não querem prender corruptos. Querem pressionar os corruptos da FIFA a tirarem a COPA da Rússia. Entendeu ou quer que desenhe? Lê aí a matéria do Sapo Desporto
Senadores dos EUA pedem à FIFA afastamento de Blatter e cancelamento de mundial na Rússia.


Os senadores dos EUA Robert Menendez e John McCain pediram ao congresso da FIFA para reconsiderar o seu apoio ao presidente Sepp Blatter devido ao seu apoio ao Mundial de futebol de 2018 na Rússia.

“Há muito tempo que estou preocupado com a escolha da Rússia pela FIFA e as notícias de hoje apenas sublinham a necessidade de eleger um presidente que não somente apoie os valores da FIFA, mas que assegure que a FIFA não recompense países que não apoiam esses valores”, disse o senador Menendez, do estado de Nova Jérsia, numa nota enviada à agência Lusa.

Na carta enviada ao congresso do organismo máximo do futebol ao nível mundial, que é também assinada pelo ex-candidato presidencial John McCain, Menendez critica a escolha da Rússia, “apesar das constantes violações da integridade territorial da Ucrânia e as outras ameaças a arquitetura de segurança do pós II Guerra Mundial.”

A missiva foi divulgada no dia em que o Departamento de Justiça dos Estados Unidos indiciou nove dirigentes ou ex-dirigentes e cinco parceiros da FIFA, acusando-os de conspiração e corrupção nos últimos 24 anos, num caso em que estarão em causa subornos no valor de 151 milhões de dólares (quase 140 milhões de euros).

Entre os acusados estão dois vice-presidentes da FIFA, o uruguaio Eugenio Figueredo e Jeffrey Webb, das Ilhas Caimão e que é também presidente da CONCACAF (Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caraíbas), assim como o paraguaio Nicolás Leoz, ex-presidente da Confederação da América do Sul (Conmebol).

“Dadas as violações da integridade territorial da Ucrânia, os esforços de Putin para minar princípios de cooperação multilateral, normas partilhadas e acordos internacionais, acreditamos que permitir que a Rússia receba o Mundial vai apoiar o regime de Putin numa altura em que ele deve ser condenado”, escreveram os dois senadores na carta enviada terça-feira, antes das detenções serem conhecidas.

Menendez e McCain lembram ainda que mais de 40 países, todos membros da FIFA, impuseram sanções a Rússia.

“Ao permitirem que [o país] receba a competição, vão oferecer um salva-vidas económico que contraria as sanções multilaterais impostas pela comunidade internacional”, acrescenta a missiva.

Desde o anúncio das detenções, a FIFA anunciou a suspensão provisória de 11 pessoas: os nove dirigentes ou ex-dirigentes indiciados e ainda Daryll Warner, filho de Jack Warner, e Chuck Blazer, antigo homem forte do futebol dos Estados Unidos, ex-membro do Comité Executivo da FIFA e alegado informador da procuradoria norte-americana, que já esteve suspenso por fraude.

O diretor de comunicação assegurou ainda que decorrerá, como previsto, o congresso eleitoral de sexta-feira, no qual Blatter concorre a novo mandato, contra o jordano Ali bin al Hussein, também vice-presidente da FIFA.

Na carta, Menendez e McCain defendem que “o próximo presidente da FIFA tem a responsabilidade de assegurar, não apenas o sucesso e segurança do mundial de 2018, mas também a permanência da missão da FIFA de promover o futebol globalmente de forma a unir os seus valores educacionais, culturais e humanitários.”

“Encorajamos fortemente a eleição de um presidente que apoie estes valores e negue ao regime de Putin o privilégio de receber o Mundial de 2018″, concluem os senadores.

A segunda matéria está disponível em: https://luizmullerpt.wordpress.com/2015/05/28/maracutaia-imperialista-eua-pedem-cancelamento-do-mundial-na-russia-e-o-afastamento-de-blatter/

NOTA DO EDITOR: Como se vê, a decadência econômica e política norte-americana é evidente, mas seu imperialismo, sua arrogância política e suas tentativas de intervencionismo no mundo continuam os mesmos. Sempre lamentáveis!

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