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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

DOCENTES SÃO PESSOAS [1]


Irenilson de Jesus Barbosa
Docentes são pessoas, poemas são ideias,
São falas que ressoam nos paços e plateias,
Docentes são pessoas que atuam nas batalhas;
Que quebram as muralhas, são nobres, são plebeias.


Docentes são pessoas com suas utopias,
Seus choros, alegrias e sonhos de alvorada.
Docentes são pessoas em hipnoterapia,
Na esperança em que iniciam o fano da chegada.

Docentes são pessoas, algumas que sorriam,
Nos planos que nutriam, porém estão cansadas!
Elas amam a corrida e amam a trajetória,
Mas também amam a glória da linha de chegada.
Eu também amo a estrada e o riso do caminho,
Mas recito em desalinho com a voz já embargada...

Docentes são pessoas que buscam as respostas:
Oh, não me virem às costas! E, por favor, me contem:
Como viver derrotas batendo às mesmas portas?
Os planos não se importam com preces para ontem?

Oh, por favor, me contem! Conversem com os ministros:
Porque cheira a sinistro a minha indagação?
Se todos já sabemos dos dramas dos horrores,
Como mover os atores até a solução?




[1] Versos recitados em 21/09/2011, no I Encontro Nacional do PARFOR, realizado na sede da CAPES, em Brasília, ao interpelar o presidente do Conselho Nacional de Educação-CNE, Dr. Antônio Carlos Caruso Ronca que havia iniciado sua exposição sobre “Novas tendências da Formação de Professores no Plano Nacional de Educação” com o texto da música “Espaço Liso” de Paulinho Moska (disponível em http://letras.terra.com.br/paulinho-moska/130049/) e concluído com versos de outro poema de Carlos Drummond de Andrade.

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