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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

UM AMIGO ESPECIAL[1]


Irenilson de Jesus Barbosa


Um amigo especial não é alguém irreal, quase até sobre-humano,
Ou que aparece de ano em ano e nos diz as palavras mais afáveis;
Mas é aquele das horas instáveis, quando rugem os desenganos,
Quando se fecham todos os panos e aplausos são desagradáveis.

Um amigo especial é um fruto, bom cultivo de muitas vivências.
É ferrolho na porta, indulgência, quando tudo condena lá fora.
É calor para o frio, é demora que se exercita na paciência,
Mas que sabe ralhar com a demência, quando é exigência da hora.

Um amigo especial é o que fala e aponta os mais vis defeitos,
Mas que nos saberá imperfeitos, acolhendo e aceitando sem ônus.
Ainda assim achará ser um bônus, conviver com o mais chato sujeito,
Porque este, guardado no peito, é um amigo com todos os tônus!

Um amigo especial é uma dádiva; é certeza de muitas histórias.
No pestanejar da memória, ele volta e nos traz as lembranças.
Faz-nos voltar a ser criança, nas paragens, cúmplices trajetórias,
Em derrotas e grandes vitórias, que a amizade - somente - alcança.

Um amigo especial é pequeno e é grande conforme o momento.
Não sucumbe ao desgaste do tempo, e nem rima com o abandono;
Pois, na falta dos olhos, no outono, ainda cuida do bom sentimento,
De uma vida de tantos momentos, que só dorme no perene sono.

Um amigo especial é um ombro, para a alma cansada em fadiga.
É visita de um frio na barriga, quando se sabe dos desencontros.
Na conversa animada sem ponto, mil revistas de artes antigas;
Com um afeto que faz nossa vida mais amiga... Amigo, te encontro!


[1] A propósito de minha amizade com Genilson Vaz, originada nas “ruínas” do famoso “Navio Negreiro” do nosso saudoso Seminário do Sul, há mais de 25 anos – na companhia de outros amigos importantes.  Trata-se de uma amizade que se nutre de muitas memórias e se renova em breves, porém alegres, fraternos e até pueris encontros, “de caju em caju”, mas que nos permitem estendê-la às nossas esposas e aos nossos filhos. A foto acima é de janeiro de 2013, enquanto almoçávamos com nossas esposas em Aracaju, durante a Assembleia da CBB. Com aquele abraço hétero e rubro-negro de sempre! Rsrsrs...

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