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sábado, 8 de outubro de 2011

Um homem inteligente[1]


por Irenilson de Jesus Barbosa


O texto alheio aguçou minha escrita,
Porque desdita nisso não há...
Diz que homem inteligente logo se fita
Por de sua mulher saber cuidar
Tendo um exemplar só, sem desdita,
Convém zelar e mantê-la mui bem,
Principalmente quando se acredita
Que é mesmo ela quem nos mantém.


Mulher é bicho sempre carente,
Daí porque soe viver de carinho.
Acarinhada se faz servil à gente,
Pois, sente-se qual ave em seu ninho.
Cuidar dela é sina de todo homem,
Que deve sempre estar pertinho;
Pois cuidadores há que consomem,
E estão a espreitá-las pelo caminho.

Beijos matinais e um abusivo 'eu te amo'
No café da manhã, as mantêm viçosas
E muito perfumadas durante o ano.
Essas belas flores são as mais cheirosas.
Como flores, também se dão em cuidados.
Quem a essas fêmeas mantém dadivosas,
Não deixando jamais lhe faltar um bocado,

Elas murcham ao desdém, é verdade!
Podem até adquirir uns traços hostis,
Com algo de rispidez e brutalidade.
Mas, se bem cuidadas, elas são gentis;

De real beleza e sensualidade
Mas, respeite a natureza perene.
Veja que há males que as consomem:
Se não suporta a tal TPM,
Seria preferível casar com um homem!

Mulheres menstruam e choram por nada,

E gostam de falar do próprio dia.
Mas não as deixe à escura ou ensombradas,
Pois assim sua estrela não as alumia .
Se você quiser ser um homem exitoso,
Tenha ao seu lado uma mulher,
Convém que nunca ela sempre o deixe garboso
Não esteja longe, e lhe dê o cuidado que quer.


Assim, pois, quando ela reluzir,  
Não se exaspere, nem perca o brilho.
Veja, só deixe a graça das fêmeas fluir
É qual um luminar para o andarilho!
Que um homem sábio assim alimenta
E bem lhe sustenta o potencial
Na parceria que a ela sustenta, 
Aos compromissais, fica sempre leal.
E saibas que, sempre cultivando a bela,
Não terás as feras nos teus quintais.

Na inteligência está o seu trunfo

Que salva o homem e o torna rei;
Mas só tem mulher quem busca o triunfo
Em tempo: Mulher é mesmo cara, sem lei!
Mas se não aguenta esse furdunço,
Só tem saída se virar gay.
Eis o jargão, que assopra e morde:
São lindas, mas só tem mulher quem pode!






[1] Adaptação em versos de um texto homônimo de Luiz Fernando Veríssimo.

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