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quinta-feira, 26 de agosto de 2021

VI Congresso Baiano de Educação Inclusiva e IV Simpósio Brasileiro de Educação Especial - 18 a 20/10/2021



#pracegover #pratodosverem #audiodescrição: Card de divulgação do VI Congresso Baiano de Educação Inclusiva e IV Simpósio Brasileiro de Educação Especial com o tema “Educação Especial em tempos de transformação”. Dias 18, 19 e 20 de outubro de 2021. Evento online transmitido a partir de Salvador, Bahia.

Mais informações acesse o site https://eventos.galoa.com.br/cbei-2021. Realização: GEINE e FACED/ UFBA. Participação: UNEB, UEFS, UESC, UFRB, UESB, IFBaiano, IFBA, UFOB e UFSB. Colaboração: Governo do Estado da Bahia, Prefeitura Municipal de Salvador e Conselho Estadual de Educação da Bahia. Financiamento: CAPES.

Card quadrado com fundo branco e um leve degradê azulado. No topo, três silhuetas de pessoas estilizadas, a primeira na cor laranja, a segunda em verde e a terceira na cor rosa. Em seguida, em letras pretas, o nome e o tema do evento, sublinhado por uma linha nas cores laranja, verde e rosa. Abaixo, sobre o degradê azul, em letras azul-escuras, a informação a respeito do site do evento. Por fim, no rodapé do card, sobre fundo branco, os símbolos dos realizadores, participantes, colaboradores e financiadores. Fim da descrição.

Prazo para submissão de comunicação oral: PRORROGADO até 31/08.


quarta-feira, 7 de julho de 2021

FORUMDIR e mais 15 entidades repudiam Edital e Programa do MEC sobre formação de professores e gestores escolares

Em recente Portaria de 17 de junho de 2021, o Ministério da Educação instituiu o Programa Institucional de Fomento e Indução da Inovação da Formação Inicial Continuada de Professores e Diretores Escolares, com o objetivo principal de promover a adequação da Pedagogia e das Licenciaturas à BNCC, aos currículos e às matrizes estabelecidos pelas redes de ensino, às propostas pedagógicas curriculares das escolas de educação básica e à BNC-Formação Inicial. 
Esse Programa vem em resposta à forte mobilização dos educadores contra as medidas retrógradas deste governo, manifesta em diversas ações nas entidades, nas Universidades, nos seus fóruns de licenciaturas e cursos de Pedagogia. Esse movimento vem acontecendo desde 2019 e ganhou mais intensidade a partir de fevereiro deste ano, ampliando os Fóruns de Mobilização e Defesa dos Cursos de Pedagogia, mobilizando para a urgente e necessária contraposição às politicas regressivas de formação de professores, em curso desde o golpe de 2016 que pariu o caótico (des)governo atual, verdadeiro algoz das políticas públicas, principalmente quando o assunto é saúde, meio ambiente ou Educação.  
A ampliação do movimento para ações mais incisivas junto ao CNE, MEC e instancias universitárias é a resposta dos educadores através de suas entidades – ANFOPE, ANPAE, ANPEd, CEDES, ABdC e Forumdir – de forma articulada junto a docentes e estudantes das licenciaturas, professores da educação básica e outras entidades do campo cientifico e acadêmico, a qual vem se fortalecendo para derrotar tais proposições e imposições na construção de seus projetos pedagógicos de curso. 
O programa e o respectivo Edital, que se situam, de forma clara na antesala do FUTURE-SE (uma polêmica proposta de terceirização/privatização da educação pública), mereceram do FORUMDIR– Fórum Nacional de Diretores e Diretoras de Faculdades/Centros de Educação ou Equivalentes das Universidades Públicas Brasileiras – e de mais 15 (quinze) entidades da área, uma nota de repúdio contra a Portaria Nº 412, de 17 de junho de 2021 e contra o Edital Nº 35, de 21 de junho de 2021. 
As entidades signatárias do documento entendem que esse conjunto de normativos legais configura-se como grave desmonte e desqualificação da formação de professores no Brasil, principalmente porque tem sido empreendido de forma autocrática e sem nenhum lastro teórico que os sustente. Ao ter como premissa máxima “a adequação da Pedagogia e das Licenciaturas à BNCC, aos currículos e às matrizes estabelecidos pelas redes de ensino, às propostas pedagógicas curriculares das escolas de educação básica e à BNC-Formação Inicial” (Art. 3º, Inciso I) a Portaria nº 412 fixa a obrigatoriedade e total alinhamento à BNCC e à BNC-Formação, desrespeitando e afrontando a autonomia universitária, na contramão das prerrogativas da CF/1988 e LDB 9394/96. Por conseguinte, esse modelo imposto de padronizações gerencialistas configura-se em desrespeito à autonomia das escolas e de seus professores. 
 Na realidade, tal Programa tem como objetivo primordial investir contra as Faculdades de Educação e os cursos de Pedagogia, espaços institucionais e de produção cientifica no campo da educação e das teorias pedagógicas negados pelos neoliberais desde a LDB, os mesmos que hoje no CNE, retomam a concepção tecnicista e pragmática para a formação de professores em nosso país submetendo-a à logica empresarial e ao ramo dos negócios, ou seja, à produtividade, eficiência, eficácia, meritocracia, empreendedorismo da educação e de seus sistemas de ensino. A nota do FORUMDIR e demais entidades elenca, em nove pontos, os motivos pelos quais as Universidades devem repudiar e negar o Programa e seu Edital, motivos que passam pela critica às concepções, ao alinhamento automatico à BNCFormação e BNCC, ao financiamento e a mudanças na forma de organização institucional, dentre as quais destacamos: A arquitetura da proposta contida na Portaria nº 412, (que) evidencia a indução para criar espaços institucionais de articulação, na linha dos Institutos Superiores de Educação, propostos pela LDB Lei 9395/96 e (Ao propor) a articulação de IES federal, uma IES estadual e uma IES privada sem fins lucrativos, aponta para a criação de sistemas institucionais alternativos de formação, deslocando estes cursos/áreas para centros de formação de professores, existentes em cada estado federativo e vinculados às secretarias estaduais de educação. 
Em síntese, a proposta é totalmente contrária ao projeto de educação condizente com os fundamentos constitucionais da educação brasileira que defendemos, pautado na concepção sócio-histórica e na formação para o exercício da cidadania e do pluralismo. Reiteramos que somente uma formação emancipatória é capaz de dotar o cidadão de capacidade crítica e de compreensão do mundo em que está inserido, à luz dos princípios e valores humanistas, fundada em concepções progressistas e crítico-emancipadoras.

São signatárias do documento as seguintes entidades: 
FORUMDIR - Fórum Nacional de Diretores e Diretoras de Faculdades/Centros de Educação ou Equivalentes das Universidades Públicas Brasileiras 
ANFOPE – Associação Nacional pela Formação dos Profissionais da Educação 
ANPAE – Associação Nacional de Política e Administração da Educação 
ANPED – Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Educação 
ANDIPE – Associação Nacional de Didática e Práticas de Ensino 
ABALF – Associação Brasileira de Alfabetização 
ABdC – Associação Brasileira de Currículo 
ABEH – Associação Brasileira em Ensino de História 
CEDES – Centro de Estudos Educação e Sociedade 
FINEDUCA – Associação Nacional de Pesquisa e Financiamento da Educação 
ForPARFOR - Fórum Nacional de Coordenadores Institucionais do Parfor 
ForPIBID-RP – Fórum Nacional dos Coordenadores do Pibid e RP 
Movimento Nacional em Defesa do Ensino Médio 
SBEM – Sociedade Brasileira de Educação Matemática 
SBEnBio – Associação Brasileira de Ensino de Biologia 
SBEnQ – Sociedade Brasileira do Ensino de Química 

 
(Texto adaptado de matéria publicada em 07/07/2021 por Helena Costa Lopes de Freitas, disponível em https://formacaoprofessor.com/)

quarta-feira, 14 de abril de 2021

PROJETO DE EXTENSÃO APROVADO NO EDITAL PIBEX - ESTUDANTES PODEM CONCORRER A BOLSAS!

O Projeto de Extensão "TESSITURAS RECONCAVAS E INCLUSÕES RECONVEXAS" proposto e coordenado pelo Prof. Irenilson de Jesus Barbosa foi aprovado para concorrer a bolsas do Edital PIBEX 2021. Caso você tenha interesse em participar da seleção para este e demais projetos, confira as informações e links disponibilizados abaixo pela Pro-Reitoria de Extensão da UFRB e siga as orientações dadas aos candidatos. 


Estudantes têm até o dia 20 de abril para se candidatar a uma das 70 bolsas PIBEX

A Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia publica o EDITAL PIBEX 02/2021 – chamada para seleção de bolsistas de extensão universitária. Estudantes da UFRB podem se candidatar a uma bolsa até o dia 20 de abril, por meio de formulário de inscrição online.

O discente interessado em participar do processo seletivo deve entrar em contato com a coordenação do programa ou projeto de extensão selecionado pelo Edital Nº 01/2021 do PIBEX, para conhecer a proposta e obter a Carta de Apresentação. Além da Carta, é necessário anexar ao formulário, no ato da inscrição: Carta de Intenção, Currículo lattes, Comprovante de Matrícula, e Histórico Acadêmico.

O discente só poderá se inscrever em um único projeto ou programa entre as propostas selecionadas pelo edital Nº 01/2021 do PIBEX. Serão aceitasno máximo, 05 inscrições para cada projeto ou programa.

No total, serão concedidas 70 bolsas no valor de R$400,00, no período entre junho e dezembro de 2021. Possíveis dúvidas serão esclarecidas pela equipe do Núcleo de Projetos e Programas da Proext, pelo e-mail coproext.nugepe@proext.ufrb.edu.br. Todas as etapas da seleção deverão ser acompanhadas no menu seleções da página da Proext.

O objetivo do Programa Pibex, criado em 2009, é promover a participação de discentes no processo de interação entre a universidade e outros setores da sociedade, através de atividades que contribuam para a sua formação acadêmica, profissional e para o exercício da cidadania.

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(Texto da Pró-Reitoria de Extensão). 

quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

DEPOIS DA QUEDA, O COICE


Pr. Idenilton Barbosa

(O texto abaixo, usado com permissão do autor, representa a opinião desse blog sobre o pronunciamento da CBB, assinado pelo seu presidente, declarando que a mesma não assinou o histórico pedido de impeachment de Jair Bolsonaro junto com outras entidades religiosas do Brasil.)


Sou batista há quase 38 anos (desde abril de 1983 sou convertido, tendo sido batizado dia 13/11/1983). Sou pastor batista há quase 27 anos (ordenado em 30/05/1994). Desde então, tenho sido pastor apenas de igrejas batistas filiadas à Convencão Batista Brasileira (CBB). Atualmente - desde 2010, pastoreio a Igreja Batista do Costa Azul, filiada à Associação Batista de Salvador (ABS). Minha formação teológica se deu no, então denominado, Seminário Batista da Bahia.


Sou grato a Deus por minha trajetória de muitas aprendizagens obtidas nas igrejas por onde passei. Naquela em que fui membro e nas demais comunidades que Deus me deu a graça de pastorear. No entanto, não posso fechar os olhos para os equívocos, alguns muito graves, da entidade a que estas igrejas são filiadas e da qual, por conseguinte, tenho feito parte.


Este provérbio de origem portuguesa, que serve de título do presente texto, ilustra bem em que situação deplorável encontra-se a Convenção Batista Brasileira (CBB), quando o assunto é responsabilidade social. Para quem não é do meio batista, esclareço que não estou me referindo a igrejas locais denominadas batistas, porque algumas dessas, no exercício de sua autonomia eclesiástica, felizmente, diferem da entidade cooperativa a que estão filiadas.


O provérbio chama a atenção para o fato de que toda situação, por pior que seja, pode piorar. E é o que tem acontecido com a CBB, principalmente em relação aos seus posicionamentos políticos na história recente do nosso país. Tendo o "PRONUNCIAMENTO" subscrito pelo Pr. Fausto Aguiar de Vasconcelos, presidente da CBB, publicado na página oficial da denominação no Facebook https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=5210657978974298&id=213892118650934 a meu ver, tornado pior a trajetória de omissão em alguns momentos, e posicionamento favorável a estruturas opressoras e injustas em outros. Lembrando que toda a forma de omissão é uma maneira de colaborar com o mal. Tiago disse: "Aquele que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado" (Tiago 4.17).


O "PRONUNCIAMENTO" apressa-se em afirmar que a CBB não tem nada a ver com um "manifesto político assinado por vários religiosos, citando, inclusive, os Batistas", nem é signatária de "qualquer outro". No documento, como que tentando fundamentar o posicionamento, o presidente da CBB afirma, ainda, que as comunidades batistas no Brasil formam uma família "fiel aos seus princípios e à sua posição apolítica". A nota não deixa claro sobre qual "manifesto" se refere, mas, pela proximidade temporal, desconfio que seja uma referência ao 63º pedido de impeachment do presidente Jair Bolsonaro, protocolado ontem por mais de 380 líderes religiosos, de várias denominações cristãs, incluindo, como eu, alguns pastores batistas de diferentes convenções e associações.


Tal pronunciamento realça a queda e o coice de várias gerações de batistas, desde os equívocos cometidos no passado, por, entre outras coisas, capitular diante do racismo, dar guarida ao golpe civil-militar, até seu mais recente alinhamento com a influência em uma das eleições presidenciais em que seu presidente da época disse aos membros para não votarem num determinado segmento partidário. A CBB foi capaz de convocar um dia de oração e jejum para que Lula não fosse favorecido em um de seus pleitos no STF, numa evidente, apesar de escamoteada, tentativa de influenciar a opinião pública e os juízes do STF. Como se vê, em nenhum desses episódios, a "apoliticidade" foi evocada, pelo contrário, a CBB, mais do que política, foi partidária. A "apoliticidade" e o "apartidarismo" só são lembrados quando a pauta opressora está em risco ou é impressão minha?


Pergunto isso porque a mesma CBB que tentou interferir partidariamente nesses casos, se calou diante da reforma trabalhista que retirou direitos dos trabalhadores e institucionalizou as relações opressoras; durante a votação da reforma da previdência, que também violentou os trabalhadores, a CBB até emitiu uma nota, mas de tão em cima do muro, dizia e desdizia, na tentativa de não se comprometer. Quando a "Carta de Goiânia" foi apresentada para discussão, pela qual a CBB se posicionaria, enfim, claramente contra a desigualdade social, o racismo, o feminicídio, as fake news, a intolerância religiosa, as queimadas, o desmatamento, foi rejeitada pela 100ª Assembleia sob a justificativa de ser "esquerdizante" e um documento "ideológico". Estes fatos mostram que, quando lhe convém, a CBB não somente é política, sobretudo é partidária mas, lamentavelmente, contra a justiça social e a democracia.


Não é somente por isso que o "PRONUNCIAMENTO" equivoca-se. O faz também por, penso eu, confundir o significado dos termos em nossos princípios, marcos legais e doutrinários a respeito da atuação da CBB. Os "Princípios Batistas" e a "Declaração Doutrinária da Convenção Batista Brasileira" não sustentam a "apoliticidade" pretendida pelo "PRONUNCIAMENTO". Ao contrário, conclama os batistas a uma atuação política e social, contudo, sinalizando a necessidade de separação entre Igreja e Estado. Além disso, propõem o espírito em que a atuação política e social de batistas deve acontecer. Vejamos alguns exemplos:


PRINCÍPIOS BATISTAS:


1 Na seção "A VIDA CRISTÃ", no tópico "5 - O cristão como cidadão", diz: "[...] Deve mostrar respeito para com aqueles que interpretam a lei e a põem em vigor, e participar ativamente na vida social, econômica e política com o espírito e princípios cristãos [...]";


2 Na seção "IGREJA", no tópico "Sua relação para com o estado", diz: "[...] A Igreja tem a responsabilidade tanto de orar pelo estado quanto de declarar o juízo divino em relação ao governo, às responsabilidades de uma soberania autêntica e consciente, e aos direitos de todas as pessoas [...].


DECLARAÇÃO DOUTRINÁRIA:


"XVI - Ordem Social


Como o sal da terra e a luz do mundo, o cristão tem o dever de participar em todo esforço que tende ao bem comum da sociedade em que vive.


1 - Entretanto, o maior benefício que pode prestar é anunciar a mensagem do Evangelho; o bem-estar social e o estabelecimento da justiça entre os homens dependem basicamente da regeneração de cada pessoa e da prática dos princípios do Evangelho na vida individual e coletiva;

2 - Todavia, como cristãos, devemos estender a mão de ajuda aos órgãos, às viúvas, aos anciãos, aos enfermos, e a outros necessitados, bem como a todos aqueles que forem vítimas de quaisquer injustiças e opressões;

3 - Isso faremos no espírito de amor, jamais apelando para quaisquer meios de violência ou discordantes das normas de vida no Novo Testamento [...] (a sequência são textos bíblicos que fundamentam essas declarações).


Diante de tudo isso, penso que o "PRONUNCIAMENTO" não apenas é um indicativo da recorrente tentativa de esquivar-se da responsabilidade profética e do cumprimento do papel esperado de instituições da importância da Convenção Batista Brasileira, mas também a desconsideração daquilo que preconizam os Princípios Batistas e a Declaração Doutrinária da Convenção Batista Brasileira a respeito de sua missão em relação à sociedade.


A CBB, assim como qualquer outra instituição religiosa, não deve estar vinculada a um partido político, mas se auto-intima a tomar partido daqueles que são vítimas de qualquer tipo de opressão ou injustiça. A CBB, por exemplo, atenta contra si mesma quando, diante do morticínio em nosso país nessa pandemia, o qual tem como principal promotor o próprio Estado Brasileiro, principalmente na pessoa do Presidente da República e seus auxiliares, escolhe a passividade própria dos cínicos e ainda credita a Deus uma responsabilidade que é nossa, confiada pelo próprio Senhor. A CBB não pode continuar confundindo apartidarismo com inatividade política, no melhor sentido da palavra. A CBB não pode mais continuar em cima do muro.